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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O medo e a religião

          Nós seres humanos somos inseguros por natureza, suscetíveis ao medo e isso faz com que sejamos eternos fugitivos, buscando proteção. O nosso instinto não nos dirige com segurança pelos caminhos da vida, temos que estar sempre aprendendo a nos orientar em direção ao nosso porto seguro. Muitas vezes nos perdemos, pois as incertezas habitam ao nosso redor e assim nos tornamos vulneráveis.
          A incerteza e a vulnerabilidade são dois caminhos que o medo utiliza para se infiltrar nas nossas entranhas e esse medo nos torna dependentes de alguém ou de alguma coisa. Nessa brecha entram as religiões que manipulam o medo. As religiões utilizam o medo para manipular o ser humano, carente, medroso e sem informação. Ao ver a debilidade do ser humano, as religiões criam deuses para cada necessidade, para cada gosto. Deuses poderosos, que protegem, que realizam desejos, que dão poderes, e, olhando para um poder tão absoluto, buscamos defesa e segurança. Na verdade, se olharmos atentamente, o poder é a uma outra face do medo. Resumindo, as religiões tem sempre um deus soberano que é usado para espantar o medo que nasceu da vulnerabilidade e das incertezas.
          A história humana é cheia de medos, depósitos e depósitos deles. Quando se deseja submeter alguém, se utiliza o medo, recorre-se a ele. Não é de se admirar que se tire proveito do medo para se manipular, o poder serve-se dele até para escravizar. A teologia do medo, por exemplo é muito utilizada na religião para subjugar e controlar;  para isso ela se encheu de ameaças e busca controlar e administrar o sagrado.     
         Utilizando a teologia do medo, a religião criou um deus que é como um superpolicial, que tudo vê e tudo sabe e fará com que cada um de nós preste conta de todo e qualquer deslize cometido. Pobre de nós seres humanos criados a imagem do próprio Deus!
          Até quando seremos dependentes da religião para aplacar nossos medos? Até quando?





Tento aos poucos purificar a imagem de Deus na minha visão. Não é fácil, pois a cultura e a religião já a enraizaram dentro de mim e é como uma doença, quase que incurável. O meu Deus não se impõe, se expõe. É o Deus da liberdade, da misericórdia, do amor. Um Deus que liberta da religião. Como diz J. Mointg, um Deus que não está ligado a povos eleitos, nem a templos, nem a representações nem a cultos. É um Deus que anda no mundo profano dos homens. É aí que Ele se encontra!


Poeta de Cá

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